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REALIDADE VIRTUAL PODE AJUDAR PARAPLÉGICOS A RECUPERAREM MOVIMENTOS


Se o exoesqueleto (sim, aquele que vimos na abertura da Copa no Brasil) já representava uma esperança para as pessoas que perderam os movimentos voltassem a andar, um estudo divulgado nessa quinta-feira (11) pode ajudá-las a reforçarem ainda mais sua fé. 

Publicada no jornal Scientific Reports, a pesquisa foi realizada com oito voluntários do Projeto Andar de Novo, consórcio internacional liderado pelo neurocientista brasileiro e codiretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University, na Carolina do Norte (EUA), Miguel Nicolelis.


Os pacientes foram submetidos a um regime de treinamento que, em resumo, combinava uma solução de realidade virtual a um personalizado exoesqueleto artificial para os membros inferiores. 


A iniciativa foi dividida em três etapas. Na primeira, os pacientes foram equipados com um óculos Rift, um aparelho para medir a atividade das ondas cerebrais e um dispositivo de feedback tátil com vibração ligados  aos seus antebraço. Todos receberam a tarefa (concluída com sucesso pelo grupo) de, por meio da tecnologia, mover um jogar de futebol imaginando os movimentos em seu próprio corpo. 


Na segunda fase, eles foram colocados em uma esteira enquanto usavam um exoesqueleto robótico, responsável por mudar automaticamente as pernas para eles. 


Já na terceira parte, os voluntários utilizaram um outro exoesqueleto, controlado pela mente, de forma semelhante à como eles controlaram o jogador de futebol virtual. 


Durante o programa, que durou um ano, todos os pacientes mostraram sinais de recuperação da função muscular voluntária abaixo de suas respectivas lesões na coluna vertebral, passando a experimentarem sensações como toque e dor. Também recuperaram algum grau de controle da bexiga e do intestino, além da melhoria em suas funções cardiovasculares. 


Agora, o mais incrível: quatro dos participantes originalmente tidos como completamente paralisados foram reclassificados como portadores de paraplegia incompleta, ou seja, uma forma menos severa de lesão na coluna vertebral.


Tais resultados surpreenderam até o doutor Nicolelis:“Foi um treinamento que ninguém havia testado antes, ligando o cérebro diretamente a artefatos robóticos, e ninguém tinha previsto a possibilidade de uma recuperação clínica. Essa recuperação foi chocante para nós também". 


E o cientista anuncia: “Nós temos uma outra novidade que vai ser ainda mais chocante que esta”. 


Quem duvida? 




Fontes: The Verge e IDG Now!

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